Por que temos que falar sobre perrengues de viagem?

Porque uma viagem é uma experiência completamente transformadora para  aqueles que se propõem a sair de sua zona de conforto e entram na aventura de conhecer um lugar diferente. 

Porém, não podemos negar que também passamos por muitas situações negativas e que desafiam nossa habilidade de lidar com problemas inesperados. 

Se pararmos para pensar na maioria de nossas viagens, só conseguimos mencionar pontos positivos e tudo o que mais amamos nos destinos visitados.

Contudo, parte do que temos a contar também são os famosos e muitas vezes odiados, mas, que sempre são motivo de boas risadas: os perrengues.

É claro, o ideal é fazer uma viagem sem perrengues. Entretanto, muitas coisas não dependem de nós e estamos todos sujeitos a situações que fogem do nosso controle. Por isso, o melhor é aprender com eles. 

Mas, mesmo sabendo de experiências diversas, isso não nos exime de passar por perrengues em viagens futuras.

Dessa forma, eu trouxe para você 3 casos de perrengues de viagem que irão te ajudar a evitar determinados problemas, assim como resolvê-los, caso eles aconteçam.

Luiza Figueiredo – os perrengues (e risadas) da ansiedade e falta de atenção

“Já havia um tempo que não viajava e eu estava sedenta para ir à praia. Encontramos uma promoção sensacional para Salvador e compramos, justamente, para a semana do meu aniversário. 

Eu estava tão ansiosa, tão ansiosa que acabei esquecendo que precisava comprar urgente roupas de banho. Acabei comprando tudo pela internet e veio a má notícia: não iria chegar a tempo. Fiquei tão chateada, tão triste. Mas, não cancelei a compra. 

Um dia antes da viagem (na minha cabeça) chegou o primeiro pacote. Fiquei feliz, mas chateada, pois viajaria no dia seguinte e não receberia o outro. 

Então, às 4h da manhã do outro dia acordamos, nos arrumamos e partimos para o aeroporto. Eu nem estava lembrando mais do pacote, a empolgação da viagem tinha me tomado. 

Porém, ao entrar na área de embarque nossos cartões foram recusados, fiquei  furiosa, já que o atendente que confere os cartões me disse que nosso voo seria no dia seguinte. 

Continuei furiosa até chegar em casa, pensando: “como não me atentei”, até que bateram na porta de casa com o pacote que estava faltando. Naquele momento, só pude pensar: Deus não faz nada errado! 

Depois disso, pensando em toda a raiva que passei e um pouco arrependida, demos boas risadas e no dia seguinte partimos para a Bahia, foi incrível – e o perrengue fez parte disso. 

Mas, é claro, esteja sempre atento às informações de sua viagem, o gasto com uber da ida errada ao aeroporto poderia ter sido poupado, assim como o stress.”

Paulo Machado – perder o passaporte, pensa no perrengue

“Pensa só, perder o passaporte nada mais, nada menos do que EM CUBA! 

Chegamos no aeroporto de Havana por volta das 22h30 e precisávamos trocar moeda. Então, fomos até aqueles caixas eletrônicos do aeroporto fazer o câmbio. 

Tudo correu muito bem, acesso fácil, seguranca simpático, sem problemas em trocar os euros que levamos, seguimos para o desembarque a fim de pegar o táxi para nosso Airbnb. 

Chegamos mais ou menos 00h, exaustos. Arrumando as coisas super rápido porque estávamos nos programando para pegar o ônibus à Varadero no dia seguinte, às 08h. 

Acordamos super descansados, tomamos um café delicioso feito pela host e fomos ajeitar o restante das coisas para partir à próxima cidade. Mas, cadê meu passaporte? 

Malas, bolsas, cama, quarto, reviramos tudo, nada do passaporte. O desespero foi tomando conta. Afinal, perder o passaporte já é péssimo, em Cuba então, pensamos: acabaram as férias! 

Como em Cuba as coisas são um pouco complicadas, havíamos anotado o contato do táxi para contatá-lo quando voltássemos para Havana.

Nossa primeira ideia foi ligar para ele e ver se não havia deixado o passaporte no carro. Resposta negativa. 

Nossa única alternativa era voltar ao aeroporto na esperança de que alguém tivesse encontrado e entregue para algum seguranca. 

Uma corrida “doída” de 30 euros de ida e volta, com um belo final feliz. A moça da casa de câmbio havia encontrado o passaporte em cima do caixa eletrônico e o guardou. Graças a Deus, suspiramos de alívio umas 3 vezes (emoji).  

Depois dessa, passaporte só na doleira, bem seguro dentro da mala com uma bela e legível foto no celular. Nunca é demais avisar: cuidado com os documentos.

O ponto positivo é que rimos muito depois e com a corrida pela manhã, pudemos ver bastante dos arredores da cidade, o que não tínhamos conseguido na noite anterior.”

Perrengue de casal: Laís e Tales – exagerar na saída com antecedência nunca é demais, principalmente na Índia

“Estávamos no final de outubro de 2019, nosso segundo dia na Índia, acabando de chegar da Rússia, em Nova Déli. Compramos de última hora nossa passagem de trem de terceira classe com ar condicionado em uma cabine com 8 camas.

Estávamos em um hotel que, pelo Google Maps, estava a 2 quilômetros de distância da estação. 

Nossa partida estava marcada para 23h30 e saímos do hotel com 2 horas de antecedência para evitar problemas. 

Pegamos um uber que tinha apenas uma semana de trabalho no ramo e já começou indo pelo caminho errado, virou de uma vez em uma avenida, naquele trânsito caótico indiano, com vacas, tuktuk, bicicletas e MUITA GENTE. 

Faltando 30 minutos para a saída do nosso trem, decidimos ir a pé, já que estávamos certos de que não chegaríamos a tempo naquele ritmo. Chorei dentro do carro (Laís). 

Andamos mais ou menos 1,5 quilômetro com nossas duas mochilas de 10kg, mais uma de mão de 5kg, desviando, pulando, como se fosse uma corrida de obstáculos. 

Os trens da Índia possuem a fama de atrasar, não no nosso caso. Chegamos por trás da estação de trem e não tínhamos ideia de onde era o nosso vagão, com 3 minutos para o trem sair. Mas, chegamos. 

Um trem imenso. De verdade, assim que entramos, todos suados, bagunçados e exaustos, o trem saiu. 

Nossos companheiros de cabine riram muito e tornaram essa experiência desesperadora mais engraçada e leve. 

Porém, em destinos de trânsito caótico, lembre sempre de se antecipar muito. No caso da Índia, 4 horas são uma boa garantia.”

Riu bastante? Nós também! Mas, todos esses casos são verídicos e as recomendações válidas. Afinal, um errinho no planejamento ou, uma falta de atenção, podem causar uma dor de cabeça séria, dependendo do caso. 

Anote as dicas e se prepare para o Perrengues de Viagem parte 2! Além disso, inscreva-se no Embarque Voalá e fique por dentro dos nossos conteúdos. E aí, já passou algum perrengue de viagem? Siga nossas redes sociais e compartilha com a gente!

Comments are closed.