Essa é a proposta do enoturismo que junta viagens e vinhos em uma só aventura. Por que fazer uma viagem normal, se você pode explorar sabores, aromas e ambientes naturais, né? 

Imagina só conhecer vinhedos, degustar pratos típicos e se aprofundar nas culturas por meio dessa bebida… é maravilhoso!

Além disso, o próprio Doutor Dráuzio Varella lembra que próximo aos 40 anos, uma taça de vinho por dia pode proteger o coração. Agora, pensa só se isso estiver vinculado ao ato de viajar…. é quase conquistar a imortalidade.

Brincadeiras a parte, para te ajudar a desbravar os caminhos das uvas, eu vou te mostrar como encontrar os melhores sabores por meio de viagens e vinhos. Vem comigo!

Como comprar um bom vinho?

Não basta apenas ir ao mercado e tirar uma garrafa da prateleira. Escolher um vinho está vinculado ao seu perfil, às suas preferências e estilo.

Danielle Romano, sommelière há mais de 18 anos, em entrevista ao canal Caderninhos da Bel, explica que o vinho está ligado ao dia a dia da pessoa, ele vai passar por seu olfato, seu paladar e tato.

Por isso que, se você ainda não conhece nada sobre o vinho, outros caminhos dos seus gostos vão ajudar o sommelier a desvendar seu paladar. Você prefere café adocicado ou amargo? Qual tipo de chocolate? E frutas cítricas?

Sabores e variações

O terroir é o que define o sabor e o aroma final de seu vinho. Ele é definido por todos os fatores que interferiram no processo de plantio e produção. O armazenamento em barris de carvalho, por exemplo, pode dar um teor amadeirado ao vinho.

O local de produção também muda a consistência, por isso que clima, relevo, altitude e outras características devem ser levados em consideração. Alguns de longa tradição são de Toscana, Bordeaux e Douro, como lembra Lucas Simões.

Se você é degustador de primeira viagem, saiba que a concentração de tanino vai deixar o vinho mais ou menos seco. Ou seja, vai dar aquela amarrada na boca na hora de beber.

Leve também em consideração a idade da bebida, vinhos mais jovens costumam ser mais suaves e menos adstringentes que os envelhecidos. 

E para manter o aroma e o sabor, nunca encha a taça, deixe um espaço para o oxigênio não mudar as propriedades da bebida.

Regras de segurança

Nossa jornada não começa no paladar, mas pela própria garrafa, por ela você consegue determinar se o vinho está adequado ou não. Primeiramente, veja se o lacre e a rolha estão bem ajustados.

Não compre caso a rolha esteja estufada, haja violação da embalagem ou o conteúdo da garrafa esteja muito abaixo do nível. Esses são sinais de que a bebida oxidou. E como diz o ditado: você vai comprar vinagre por vinho.

Além disso, olhe a data de fabricação e a de validade. Vinhos brancos, champagnes e espumantes podem ser consumidos em até 3 anos. Já os tintos resistem ao período de 5 anos.

Aproveite para entender como viajar com segurança durante o período da pandemia.

Viagens e Vinhos: como transportar?

Como transportar vinho em viagens

Por falar em transporte, eu me lembrei de um filme muito engraçado sobre prova de vinhos e viagem internacional, você confere ele neste artigo aqui da Voalá.

Quer ter uma recordação ou mesmo compartilhar com os amigos as descobertas da viagem? Você pode sim levar vinhos contigo ao regressar para casa. Se o custo das garrafas for até U$ 500, não se preocupe, apenas acomode elas na mala.

Lembrando que você pode despachar até 12 litros da bebida. Mas não leve todas do mesmo tipo, pois poderá ser considerado comércio e gerará custos adicionais.

Além disso, envolva os recipientes com plástico bolha ou isopor. Na mala, coloque algumas roupas envolta para evitar que a garrafa quebre. Você não quer perder o vinho e ter roupas manchadas, não é?

Se você um enófilo (apaixonado por vinhos), o melhor mesmo é comprar uma bolsa específica para o transporte. As lojas também costumam ter embalagens próprias, se informe.

5 recomendações de Vinhos para você

Eu preparei uma seleção de 5 vinhos para você começar sua viagem nos sabores. Vamos começar a degustação?

Casillero Del Diablo – Cabernet

Casillero Del Diablo Cabernet

A Cabernet Sauvignon é uma uva com mais tanino, por isso o vinho costuma ficar mais seco. A Malgarim Vinhos sugere harmonizar ele com uma carne grelhada ou recheada.

Aurora Reserva – Merlot

Aurora Reserva Merlot

Os vinhos mais frutados são concebidos pela uva Merlot, que também é mais suave. Neste caso massas e queijo podem ser ótimos acompanhamentos!

Benjamin – Malbec

Benjamin Malbec

O carvalho dos barris dá um sabor mais encorpado ao vinho das uvas Malbec. Sua origem é argentina, e justamente por isso a melhor harmonização se dá com um bom churrasco.

Graham’s – Fine Ruby

Graham’s Fine Ruby

Quando o assunto é o vinho português, temos que lembrar que eles são mais adocicados. Eu experimentei o Fine Ruby da Graham’s no Porto, e me apaixonei por ele.

Ele é um vinho mais jovem, feito a partir da mistura de safras diferentes, o sabor é mais suave e perfeito para quem está iniciando. 

A harmonização pode ser feita com chocolates, mas, se tiver a oportunidade, prove com o queijo da Serra da Estrela.

Stellenbosch & Elgin – Pinot Noir

Stellenbosch & Elgin - Pinot Noir

Sua produção é uma das mais difíceis, mas tem ganhado espaço na África do Sul. O sabor é mais suave e de acidez agradável, o que o faz perfeito para a gastronomia.

Ele harmoniza facilmente com vários pratos, mas vou indicar uma pizza de cogumelo que vai combinar.

Viagens e Vinhos no Brasil: sabor, aventura e história

Alexandra Mezzacasa, do Instituto Brasileiro de Vinhos, explica que existe muito mais por trás de uma garrafa de vinho, há história, família, gastronomia, e muito mais fatores.

Por isso, é preciso conhecer o vinho por meio de uma experiência, e não se ater apenas ao rótulo.

Então, eu separei dois lugares no Brasil para você começar sua jornada com o vinho.

Rota do Vinho em Bento Gonçalves

Rota do Vinho em Bento Gonçalves

A Serra Gaúcha tem longa tradição na produção de vinhos e já na entrada de Bento Gonçalves você vai ser recebido por uma pipa. O Pipa Pórtico é um enorme barril em forma de arco na entrada da cidade.

Primeiramente, é importante que você saiba que essa é a capital brasileira do vinho. Ao redor da cidade há inúmeras vinícolas que vão fazer parte do seu roteiro. O ideal é ficar alguns dias e se aclimatar a cidade.

Aqui, indico alguns locais para você conhecer por lá:

  • Parque Cultural Epopéia Italiana: nele é mostrada a história da imigração italiana que é mesclada com a chegada do vinho no Brasil.
  • A estação da Maria Fumaça: nela é possível fazer um passeio de trem que oferece música gaúcha e degustação.
  • Vinícolas: Lovara, Aurora, Marco Luigi e Dal Pizzol.

Rota do Vinho no Vale do São Francisco

Rota do Vinho no Vale do São Francisco

De um lado caatinga do outro um campo verde de videiras, essa é a dicotomia que você vai encontrar no Vale do São Francisco. A região é uma das poucas próxima ao equador a ter produção da bebida, tudo graças a irrigação artificial.

Logo, saindo de Petrolina é possível pegar um ônibus turístico que leva até a Vinícola Miolo. Na fazenda, o passeio explica todo o processo de plantio, moagem e fermentação, além de mostrar como foi feito esse “milagre” no sertão.

Dá para incluir em seu passeio um almoço no Velho Chico, nele é você passeia de barco, degusta vinhos, almoçar e escutar música ao vivo. É diversão para toda a família.

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